25 agosto 2011

Alcançando ideias através da pintura de paisagem

O indivíduo que elevar-se para apreender as ideias, que estão aquém das coisas físicas e lógicas, portanto, aquém dos conceitos que a razão domina, terá de intuí-las e assim irá adquirir um puro conhecer do mundo que não dependa do princípio de razão.

Este conhecer que é independente da razão e destituído da vontade que move tudo que há no mundo, é o que podemos chamar de contemplação da ideia enquanto objeto puro e isolado do mundo. Este conhecimento puro apreendido através da contemplação é que origina um objeto de arte feito pelo gênio que apreendeu a ideia.
  

Todos podemos contemplar uma ideia que esteja representada em uma obra de arte, porém nossa dificuldade não está em apreender a ideia ou o belo através de uma obra de arte, está em aprrende-la diretamente da natureza, assim como faz o gênio. "Sem a intermediação da arte, o mundo vegetal ou a natureza morta se oferece em quase toda parte para a fruição estética. Entretanto, na medida que é propriamente  OBJETO DE ARTE, seu domínio reside na pintura de paisagem".
         Em uma exposição, seja ela do mundo vegetal, ou de construções, rochedos, ruínas ou igrejas, "o lado subjetivo da fruição estética é preponderante, ou seja, nossa alegria aí não reside imediata e principalmente na apreensão das ideias exposatas, e sim mais no corelato subjetivo dessa concepção, no estado puro do conhecer destituído de vontade: o pintor nos deixa de fato ver as coisas pelos seus olhos". Nesse ponto podemos apreender as ideias com ajuda de uma obra de arte, contemplá-las e nos satisfazermos com alegria, mas isso ainda assim nos parece cabível, díficil é aceitar que não há explicação racional para alcançarmos tais ideias diretamente da natureza, só o gênio pode fazer isso.

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