13 setembro 2011

A Genialidade e o Puro Sujeito que Conhece

Para podermos investigar sobre o GÊNIO precisamos ter em mente que o único viés para apreender as Ideias, como Schopenhauer apresenta em sua obra “Metafísica do Belo”, é a pura contemplação, um mirar profundo que vai além da análise física e estética do objeto, em outras palavras, um mirar que se eleva acima do que o rodeia. 

"Menino da Lágrima" esta obra não se refere a tristeza particular do garoto, mas representa uma tristeza que todo ser humano pode sentir, não se restrita ao sentimento, mas vai aquém. Representa a Ideia universal de tristeza.


A capacidade preponderante de apreender as Ideias das coisas por intuição contemplativa e puramente objetiva, a qual só acontece na medida em que é abandonado o modo de consideração conforme o princípio de razão, pertence ao gênio enquanto “puro sujeito que conhece”. Para todo sujeito que for participar desse mirar profundo, dessa pura contemplação, é exigido dele uma “pura disposição objetiva, isto é, esquecimento completo da própria pessoa e de suas relações”, por isso é a objetividade mais perfeita, e que Schopenhauer a chama de genialidade.

Assim, o característico da genialidade não se expressa na criação artística, mas no mero conhecimento da Ideia, capacidade possuída, em maior ou menor grau, por qualquer homem enquanto puro sujeito que conhece.

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